quinta-feira, 14 de maio de 2015

Jogo de Tabuleiro: O XADREZ













INDICE

1 Sobre o Xadrez

2 Por quê aprender?

3 Origem   PUBLICADO ATÉ AQUI...



4 Regras

4.1 Composição do Kit

4.2 O Tabuleiro

4.3 Nome e tipo das peças

4.4 Montando as Peças

4.5 Movimentos Básicos

4.5.1 Rei

4.5.2 Rainha

4.5.3 Bispo

4.5.4 Cavalo

4.5.5 Torre

4.5.6 Peão

4.6 Jogadas Especiais

4.6.1 Primeiro movimento do Peão

4.6.2 En Passant

4.6.3 Promoção do Peão

4.6.4 Roque

5 Começando a Partida

5.1 Primeiro Movimento

5.2 Objetivo do Jogador

5.2.1 Xeque

5.2.2 Xeque Mate

5.2.3 Desistencia

5.2.4 Afogamento

6 Mais/Bônus








1 Sobre o Xadrez




Antigamente não me dava o trabalho de aprender jogos de carta ou de tabuleiro, com medo de não entendê-los ou ter que gastar muito tempo no estudo deles, -Que idiota que eu era!



Assim foi com o Xadrez. Eu jogava DAMA com minha irmã e achava complicado na verdade eu não estava tendo saco para o jogo. Sempre que alguém te vê jogando DAMA fala, -Se você está achando isso complicado, devia ver o xadrez. 

-Xadrez! –você pode retrucar.

-Sim, o mais malévolo dos jogos de tabuleiro. –responde o energúmeno do seu amigo, cagando para sempre a sua visão do xadrez.



Mas eu estou contando aqui o meu testemunho de libertação irmãos de como eu comecei a jogar xadrez.



Começa quando eu parei para pensar, -Cara! Preciso entrar em uma faculdade, pois todo mundo fica falando que se deve fazer uma, então deve ser importante, foi então que optei por TSI – Tecnólogo em Sistemas de Informação, trata-se de um curso rápido para formação de profissionais em tirar poeira de CPU e fazer formatações. Achei o curso muito fraco e somado a um período de desemprego decidi sair dele, mas nem tudo foram perdas, uma coisa desse curso eu aproveitei, o xadrez – apesar do xadrez nunca ter feito parte da grade do curso haha – alguns alunos jogavam xadrez em aulas mais chatas como a de Inglês Zuado, onde a professora estava reensinando o “The book on the Fuking table”. Coisa que a gente já tinha visto na 5ª série.



Foi de observar esses momentos de jogo que eu me interessei e no outro dia já havia comprado o meu tabuleiro. Como eu não sabia jogar xadrez eu passei a estuda-lo pelos menos para saber aas regras e quais movimentos podiam ser executados.



Cheguei todo alegre na faculdade naquela noite, pois dentro da mochila havia o meu tabuleiro de xadrez. Eu estava pronto para enfrentar meus colegas e lá fomos nós. Era um jogo comum sem o uso de relógio e eu demorava demais para fazer minhas jogadas, eu confesso. Foi quando que na minha vez tive a oportunidade de executar uma jogada especial chamada “em passant” em meu adversário. – caso o leitor ainda não saiba o xadrez possui jogadas especiais que podem ser executadas em situações especificas, uma jogada especial altera/permite um movimento/efeito diferente do usual.



-Ou! O que foi isso ai Daniel?! –perguntou meu adversário, apontando para o movimento que eu acabava de fazer.



-“Em passant” meu amigo, -eu disse, -você não o conhece? –nessa hora eu me senti o cara, sabendo mais que o meu colega que jogava antes de mim. 



-Não isso não existe! –ele continuou.



Eu fiquei com dúvida e perguntei, -Parece que você não quer aceitar essa jogada?!



-Isso mesmo, -ele disse, -pois essa jogada não existe. 



Foi ai que literalmente eu pedi ajuda aos universitários, -Ei pessoal que joga xadrez, conhecem a jogada especial chamada “em passant”. –e para minha tristeza ninguém fazia ideia do que eu falava, então naquela noite, naquela sala “Em Passant” realmente não existia. E não me conformei em continuar o jogo e o abandonei, outro colega de sala assumiu a partida e tudo acabou bem para eles. Eu ainda teria mais uma decepção naquela noite, ninguém mandou eu ler tanto sobre o xadrez antes tivesse me mantido ignorante teria me estressado menos. 



Foi na aula de fundamentos da programação que o assunto xadrez veio a tona e eu pensei: “Daniel é a sua hora de brilhar, mostre que você é o Gurizito do Alabama”.



Me dirigi ao professor na intenção de complementar a conversa, -E o xadrez ainda hoje é jogado através de cartas enviadas pelos correios onde eu posso enviar a minha jogada em anotação a pessoa atualiza o seu tabuleiro e então me envia uma carta com a sua jogada e assim por diante. 



Depois de soltar essa eu fiquei preocupado se ia dar conta de todas as menininhas da minha sala que deviam estar excitadas com a minha sabedoria em torno do xadrez, ao que o professor me disse, -Nunca ouvi falar de uma coisa dessas!



Naturalmente eu falei, -Muito legal essa modalidade, não é mesmo?! –fui inocente e não percebi que o professor ao invés de estar assimilando um novo conhecimento, o estava negando como fizeram meus colegas anteriormente.

-Não Daniel, isso não faz sentido algum, o que leva uma pessoa a fazer um trabalhão desses. –me desacreditou o professor.



As menininhas que me passaram seus telefones passaram a pedir de volta, foi uma tragédia. No fim eu estava grilado aquele pessoal que não tinha o conhecimento que eu havia recentemente adquirido e uma vez em contato com ele através de mim, o negavam veementemente. Mesmo assim sou grato à aquele período que me apresentou o jogo de xadrez.





O de xadrez é um jogo de tabuleiro jogado com peças especiais, diferente do jogo de DAMAS onde todas as peças são botões sobre o tabuleiro. A partida de xadrez representa o encontro de dois exércitos em guerra, onde cada jogador dispõe do mesmo conjunto de peças de seu adversário.





Algo muito interessante sobre o jogo de xadrez é o fato dele ser considerado um esporte, possuindo até mesmo um órgão regulamentador - FIDE (Federação Internacional de Xadrez) – que define as leis que devem ser aplicadas a qualquer prática de xadrez, desde o amador ao profissional para que todos falem uma mesma linguagem. 



Conheça um pouco mais das leis do xadrez baixando este PDF – PDF: Lei do xadrez versao em lingua portuguesa – que se trata nada menos do que um documento da FIDE traduzido para o português sobre este assunto.





O xadrez foi sendo considerado um esporte a medida que se percebeu seu lado competitivo, pois não se trata de um jogo onde a sorte vá contribuir com a vitória de um dos jogadores, pois como bem diz Susan Polgar em seu documentário – Mente Brilhante: Desenvolvendo a Genialidade – “Numa partida de xadrez é o seu cérebro contra o do seu oponente”. Isso quer dizer que o xadrez permite uma competição limpa onde o maior preparo de um dos jogadores vai decidir a vitória. Há ainda outras características que contribuíram para que o xadrez se torná-se um esporte, ter uma Federação, ser competitivo, dar premiações aos ganhadores como medalhas, troféus e até prêmios em dinheiro.





Calcula-se que apenas nos primeiros dez lances iniciais de uma partida de xadrez tenha 169.518.829.100.544 possibilidades de movimento. –Nossa Daniel, pra que toda essa ignorância, colocar um numero tão alto aqui nesse artigo, eu tive até que dar scroll no meu mouse pra terminar de lê-lo. –você pode dizer. 



Mas é aqui que está a graça do xadrez, Kasparov, campeão mundial de xadrez em uma entrevista ao Jô Soares – Jô Soares entrevista Garry Kasparov – afirmou que geralmente é capaz de visualizar até 15 possiveis movimentos em uma partida. Isso significa que você sempre pode ganhar de um gênio do xadrez, basta ler muitos livros sobre táticas e jogar sempre. –Mas Daniel eu sou brasileiro, não tem um jeito mais fácil e rápido para eu me tornar um campeão mundial de xadrez. –você pode me dizer.



-Claro que tem e eu vou te dizer agora. Faça tudo direitinho. Vá para o meio de um milharal a noite peladão, faça uma pequena clareira e deite no meio de pernas e braços abertos. Pronto agora espera ai, pode demorar um pouquinho para os etes aparecerem pois não é fácil decidir entre marcas de círculos ou quadrados, a magica acontece quando os etes descem para fazer os desenhos, um vira para o outro e diz: “Que porra é essa ali no meio do milho?” o outro olha e responde indignando: “Não sei, eu só sei que esse lazarento estragou o lugar onde a gente ia fazer a nossa arte alienígena. Vamos fazer o seguinte, abduz esse merda e vamos passar a nossa vara jupteriana nele pra ele aprender a nunca mais fazer uma sacanagem dessas.” E é isso o macete, depois que os etes te descerem de sua nave e forem embora você terá grandes chances de estar mais inteligente pois acaba de ser molestado por dois seres superiores. Com esse método você se torna um mestre em xadrez em apenas uma noite. 



Agora você sabe pelo que pessoas que dormem e acordam falando cinco idiomas diferentes passaram, essa é a parte que o FANTÁSTICO não revela.



Falando sério novamente, será sempre impossível para um ser humano prever todos os movimentos que podem ser executados em uma partida de xadrez, possibilitando sempre a vitória do mais bem preparado.



Tudo isso dá ao xadrez um certo glamour, tornando um jogo de intelectuais, então se você quer que as pessoas passem a te achar mais inteligente, comece a jogar xadrez ainda hoje.






2 Por quê aprender?






As respostas para essa pergunta eu consegui em um documentário da TV ESCOLA – documentario tv escola xadrez – onde um professor trouxe o xadrez para o cotidiano dos alunos, incrivelmente os tornando melhores. Jogar xadrez envolve muito raciocínio, você se sai melhor se estiver concentrado na partida e o mais legal é que você mesmo se dá conta disso, o professor não precisa te falar que você tem que prestar mais atenção no jogo, pois enquanto você não o fizer você perde. Até que você entende mais das jogadas, trabalha montando um tabuleiro mais estruturado e vence uma das partidas, ai está feito, você passa a amar este jogo. Essa necessidade de atenção em cima do jogo traz ao aluno um novo conceito, o de que ele precisa despender atenção para que as coisas funcionem, no caso da escola se percebe que os alunos enxadristas melhoram suas notas nas outras matérias devido a simplesmente fazer um paralelo entre suas ações e outros deveres com o xadrez, suas decisões não são mais banalizadas.





A matéria que mais é beneficiada pela frequência de jogo no xadrez é a matemática, pois ambos trabalham com o raciocínio lógico. Da mesma forma que 2+2 é 4, no xadrez uma peça nunca fará um movimento que não esteja previsto pela FIDE. Por isso que você apenas deve calcular suas jogadas possíveis guiado por seu raciocínio e intuição esta última na tentativa de prever o pensamento de seu adversário, pois como sabemos é impossível para um humano prever todas as possibilidades.







Um pensamento que me ocorre é que eu sendo um jogador regular de xadrez em minha velhice não terei problemas com caduquice pois meu cérebro estará sempre em movimento. Mas isso só dá certo se for um jogador regular, pois o relatos de enxadristas que enlouqueceram com o jogo, -Ai não né! -o remédio pode ser a fonte do mau hahah.










3 Origem




Não tem origem, foi feito através de magia! (brincadeira). Mas que ninguém sabe ao certo de onde veio o xadrez isso é uma verdade. Vocês sabem como é o ser humano, tudo tem que ter uma explicação, uma origem, senão o cara não dorme a noite, graças a essa necessidade surgiram os mitos e as lendas para preencher essa lacuna.



Eu até entendo os caras, você nasce e descobre que tem um jogo chamado de xadrez e então você pergunta, -Muito massa esse jogo, estou impressionado com sua mecânica, quem inventou essa parada?



Seu amigo medieval olha pra você dando de ombros, -Não sei! –pronto já será o suficiente para você ficar umas três noites sem dormir. 



Então no meio da bagunça surge um cara que diz, -Chega dessa porra, eu vou bolar a origem do xadrez! –aparece então a mais famosa das lendas sobre a origem do xadrez.





O Brâmane Indiano Lahur Sessa




Foto do Rajá



Tudo começou em uma província indiana chamada Taligana que enfrentava um período de guerras e não fazia muito tempo que o Rajá (Rei) dessa província havia perdido seu filho em combate. O Rajá olhou para cima e lembrou daquele fatídico dia. 



-Papai socorro! –grita o jovem prostrado ao chão incapaz de se levantar devido a contusão que acabara de sofrer. (Isso mesmo caro leitor esse é aquele cara que cai no meio do caminho quando todo mundo esta correndo para salvar a própria vida, esse merda.)



O Rajá logo que estava correndo como uma galinha, logo reconheceu aquela voz que gritava, ao olhar para traz pode confirmar que era seu filho ali caído tão próximo de seus inimigos mortais. Você deve estar achando que o Rajá tenha parado e retornado até seu filho para sozinho, matar o exercito inimigo inteiro na unha, como o Rambo faria, mas a questão é que aqui é a vida real – apesar de eu estar narrando uma lenda, acontece que eu estou narrando sob um olhar da vida real – o Rajá nem parou de correr, deu só aquela olhadinha para traz pra ter certeza que se tratava de seu querido filho e com muito pesar e sentimento de perda ele pensou, “Foda-se essa Porra!” e correu como nunca, chegou a atingir uma velocidade acima da capacidade humana, o medo de morrer faz essas coisas. 



Enquanto o Rajá virava uma estrelinha ao atravessar o horizonte, as tripas de seu filho voavam pelos ares, arrancadas a golpes de lança e espada – uma cena que não compensa nem olhar – seus algozes eram cruéis, sabiam como fazer uma vitima sofrer muito antes de morrer e só depois de mutilar seus membros é que resolveram cortar sua cabeça. – Cara eu realmente odeio esses personagens que caem do nada em uma fuga, por isso que quando aparece um malandro desse na minha história eu trucido ele, isso é um aviso pra vocês personagens merdas, se vir trabalhar na minha história abre o olho.



-Nosso Rajá foi a luta com seu exercito, -disse um soldado fora de serviço, recostado sobre o balcão da taverna, segurando um largo copo de hidromel. Tomou um gole e olhando para o taverneiro voltou a lhe falar em voz alta para que todos ali presentes pudessem ouvir, -lutou bravamente até o fim, ele perdeu seu filho em batalha, mas não sem antes tentar salva-lo em uma batalha épica onde sozinho enfrentou mais de cinquenta homens, matando a todos, porém não foi suficiente para salvar seu filho e ele virou parte do campo de batalha, nem seu corpo foi encontrado. –os soldados haviam passado seus últimos dias espalhando ao povo este boato. Nosso soldado beberrão havia transmitido tanto essa história que mesmo fora de serviço não percebia que a estava transmitindo.



Haviam na taverna integrantes do povo viajantes de passagem e até outros soldados fora de serviço, que ajudavam confirmando a versão do companheiro.



-O Rajá está muito triste, -o soldado ergueu do balcão seu copo, em um movimento, bebeu todo o hidromel que restava, jogou uma moeda para o taverneiro, virou de costas para ele ainda usando o balcão como encosto, uma vez de frente para os clientes da taverna continuou a falar em voz alta, -a morte de seu filho em batalha está lhe trazendo grande sofrimento, o próprio Rajá prometeu uma recompensa a quem lhe trouxer um pouco de felicidade novamente. Caso alguém tenha alguma ideia vá até o castelo e a apresente. –satisfeito com seu discurso, o soldado caminhou até a saída e deixou o recinto rumo a sua casa.



O Rajá já nem comia mais carne, pois sempre que ia corta-la lembrava de seu filho. Já faziam dias desde que a guerra havia terminado e que o pedido para que alguém se apresentasse ao castelo com o propósito de trazer felicidade ao Rajá, que recompensaria por isso. O Rajá estava ficando cada vez mais impaciente e perturbado, os muitos funcionários do castelo estavam concluindo que seu Rajá estava ficando louco. O Rajá não sabia, mas precisaria suportar apenas mais um dia.



-Majestade! –com o corpo bem ereto, cabeça para cima, e olhar acompanhando o sentido da cabeça, exclama o porteiro do salão do Rajá.



-Prossiga. –disse o Rajá, com voz triste sentado em seu grande trono.



-Está a sua porta o Bramane (É um membro da casta sacerdotal indiana.) Lahur Sessa, veio motivado por vosso apelo, o de trazer um pouco de felicidade ao Rajá.



-Rápido! Deixe que entre. –disse o Rajá com voz mais vibrante, e de pé recebeu o Bramane. –Olá meu caro, qual é o seu nome?! –perguntou com pressa na voz.



-Me chamo, Lahur Sessa, mas todos me chamam de Sessa, -disse o Bramane durante sua reverencia ao Rajá.



-Desculpe minha pressa, -disse o Rajá, -quero logo saber o que fará a meu respeito.



Foi então que Sessa flexionou os ombros e deixou cair ao chão sua grande bolsa de viagem, os guardas presentes se espantaram e ficaram atentos aos próximos movimentos de Sessa. –Só mais um minuto vossa majestade, -disse Sessa puxando uma prancha de madeira de dentro de sua bolsa, ele tinha um formato quadrado e com uma pintura de quadradinhos. Sessa a colocou no chão logo a sua frente e pediu para que o Rajá se sentasse a sua frente logo próximo a aquela prancha. Por mais uma vez Sessa enfiou o braço em sua bolsa, dessa vez para retirar um saco feito de couro de bode, então desatou o amarriu segurou-o pelo fundo e despejou sobre a prancha pequenas estatuetas de marfim.




Lahur Sessa   by Thiago Cruz



O Rajá estava muito encantado com tudo aquilo, só de ver, estava tão curioso para saber como aquilo funcionava que chegou a esquecer da perda de seu filho. –Veja esta peça, -disse o Rajá levando aos olhos uma das peças, -trata-se do elefante. 



-Isso mesmo, -reafirmou Sessa, -Vossa Majestade vai reparar que estas peças representam seu exercito.



Ao ouvir isto o Rajá deu uma rápida olhada nas demais peças e a cada vez que Sessa ia as posicionando sobre a prancha, respeitando regras de posicionamento, o Rajá ia percebendo a representatividade de seu reino ali em sua frente. –Me diga Sessa, isto tudo aqui tem nome, como devo chamar isto? –perguntou o Rajá.



-Chame de Chaturanga (Ancestral do xadrez, como conhecemos hoje), -respondeu Sessa, -quanto a prancha, chame-a de Tabuleiro de Chaturanga. Praticar este jogo trará a Vossa Majestade, paz e conforto. –E foi o que realmente aconteceu.



O Rajá estava tão feliz com Sessa que trouxe sua alegria de volta que lhe disse sorridente, -Está na hora de pedir sua compensa, não seja modesto.



-Bem eu realmente não iria pedir nada, mas já que me diz para não ser modesto, vou pedir. Este tabuleiro possui 64 casas, quero que me traga 1 grão de trigo para primeira casa, 2 para a segunda, 4 para a terceira e assim por diante.



O Rajá que não possuía os Paranauê da matemática chamou seus sábios para fazer o calculo de sua dívida. Ficou muito impressionado em saber que precisaria de mais de 2000 anos para quitar esta divida com Sessa, e ele só não a levou a diante, pois naquela época não existia Cartão de crédito em consorcio, então o jeito foi dar um cargo de alto escalão a Sessa que passou a ajudar o Raja com seu reinado.



E assim termina um das mais famosas lendas sobre o xadrez.





Uma Segunda Lenda 



Diz que o xadrez foi inventado pelo grego Palamedes, com a intenção de distrair os príncipes e soldados do reino que se encontravam em um período conturbado imerso em guerras.



O xadrez é algo tão fabuloso que não pode ter sido criado por um sábio apenas, este jogo de tabuleiro vem ao longo dos séculos se transformando, viajando o mundo todo, sofrendo reestudos, peças eram alteradas para se adaptar ao País onde se encontrava, até que hoje temos o xadrez como o conhecemos, com seu atual conjunto de regras, que acredito eu, esteja em seu estado final, acredito que nunca mais sofrerá alterações pois está tão refinado que não há o que acrescentar ou tirar.




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